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Como classificar a Retinopatia
Diabética?
Filomena Costa e Silva
HospitaI Prof. Dr. Fernando Fonseca
Introdução
Classificar a Retinopatia Diabética (RD) é difícil.
As lesões são múltiplas e diversas e combinam-se entre si de mui-
tas maneiras numa multiplicidade de quadros diferentes. Mas clas-
sificar a RD é necessário para avaliar a sua progressão e avaliar a
eficácia dos tratamentos.
Tem vindo a ser propostas ao longos dos tempos variadas classifi-
cações internacionais para a Retinopatia Diabética no sentido de se
tornar mais fácil a comunicação na comunidade oftalmológica entre
si e com os internistas/diabetologistas.
Objetivo geral de classificar a retinopatia diabética:
Identificação de olhos que chegaram ao limiar para tratamento
Definir intervalo de seguimento apropriado para minimizar
riscos de progressão acima do limiar de risco
Estadiar complicações microvasculares para controle de con-
dições sistémicas
Assim podemos dizer qualquer classificação se baseia no concei-
to geral de que uma hierarquia de estádios pode ser definida como,
quanto mais alto o estádio, maior é o risco de perda visual importante.
As primeiras classificações, baseadas na história natural da RD, eram
apenas qualitativas e eram suficientes para a prática clínica corrente.
Mas os progressos dos vários tratamentos, nomeadamente o apa-
recimento do laser, veio tornar necessária a realização de estudos e
ensaios terapêuticos para testar a sua eficácia.
Sistemas de avaliação semi-quantitativos foram desenvolvidos
nos Estados –Unidos desde 1966.
Tinham com objetivo subdividir a RD em subgrupos de prognós-
tico e sobretudo definir Grupos de “Alto Risco”.
1.
AIRLIE HOUSE CLASSIFICATION
É considerada a base de todas as classificações modernas, tendo