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PERGUNTAS & RESPOSTAS
RETINOPATIA DIABÉTICA - Novo Paradigma de Cuidados
central), aqueles que tiveram uma maior redução aos 6 meses, foram
os olhos com pior acuidade visual inicial, maior espessura macular
inicial, que foram sujeitos a pelagem da MLI e no grupo que apre-
sentava alterações na interface vítreo-retiniana.
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Num subgrupo deste estudo, 87 olhos apresentavam
tração
vítreo-macular e nestes doentes, o ganho médio na acuidade
visual aos 6 meses foi de 3 letras
na escala ETDRS, tendo
38%
dos
olhos um ganho ≥ 10 letras e 22% dos olhos uma perda ≥ 10 letras
.
A variação na espessura macular aos 6 meses apresentou uma redu-
ção média de 160 µm, 68% dos olhos tinham pelo menos reduzido
para metade a espessura central e 43% apresentavam uma espessura
inferior a 250 µm nessa data.
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EMD Associado a Espessamento da Hialóide Posterior
O espessamento e/ou opacificação da hialóideia posterior, iden-
tificada através da biomicroscopia e/ou OCT, pode constituir uma
das causas para a baixa da acuidade visual associada à maculopatia
diabética.
Após Lewis em 1992 e Harbour em 1999, sucessivos estudos e
publicações mostraram que a vitrectomia com pelagem e remoção
da hialóide posterior patológica e alívio da tração macular, está qua-
se sempre associada a uma melhoria do EMD e da acuidade visual
neste grupo de doentes.
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Um pior prognóstico funcional pós-operatório parece estar asso-
ciado à presença de isquemia macular e baixa acuidade visual ini-
cial, pelo que é importante a selecção criteriosa destes doentes antes
da cirurgia.
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EMD Sem Tração Evidente
O papel da vitrectomia no tratamento do EMD sem sinais evi-
dentes de tração macular e quase sempre resistentes ao tratamento
médico, permanece ainda muito controverso, com resultados fun-
cionais pouco conclusivos. Embora alguns estudos sugiram resulta-
dos positivos após a cirurgia, outros mais recentes revelaram uma
melhoria estrutural, não acompanhada no entanto, por uma melho-
ria visual.
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