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estando-lhe associado um mau prognóstico visual, a menos que o
tratamento seja feito de forma rápida e agressiva
5
.
Edema macular
O EM diabético pode estar presente em qualquer grau de retino-
patia diabética, estando contudo a sua prevalência diretamente rela-
cionada com o grau de severidade e duração da RD, encontrando-se
em cerca de 10% de todos os doentes com diabetes mellitus. Na
DM com menos de 5 anos de evolução, não estão descritos casos
de EM, no tipo 1, verificando-se a presença de EM em 3%, no tipo
2.
Na diabetes com mais de 20 de duração a percentagem de EM,
nos dois tipos de diabetes, ronda os 29%.O edema macular parece
estar presente mais cedo, na evolução da diabetes, nos doentes com
diabetes tipo 2 (maior incidência nos primeiros cinco anos) e den-
tro deste subgrupo aqueles que necessitam de insulinoterapia têm a
maior prevalência de edema macular
5,6
.
Implicações do tipo de diabetes na opção terapêutica
para a RD
Na RDP sessões múltiplas de tratamento com laser, requerendo
uma vigilância mais apertada, devem ser antecipadas nos doentes
com isquemia retiniana severa e estádios avançados de RDP, parti-
cularmente no subgrupo juvenil da diabetes tipo 1. Este subgrupo,
particularmente quando existe a necessidade de tratamentos mais
extensos, referem com maior frequência, dor significativa durante e
após a fotocoagulação com laser
5
.
A panfotocoagulação precoce (em retinopatias não proliferativas
severas ou proliferativas precoces) é especialmente efetiva na redu-
ção da perda da acuidade visual severa nos doentes com diabetes
tipo 2
7
.
Segundo o estudo DRVS (
Diabetic Retinopathy Vitrectomy Study
)
o tratamento da hemorragia de vítreo severa, associada a baixa acui-
dade visual (<5/200), com vitrectomia precoce (entre 1 a 6 meses)
foi claramente vantajoso, relativamente à abordagem conservadora
(
observação, a menos que fosse constatado descolamento de retina
a envolver o centro da mácula ou presença de hemovítreo sem reab-
sorção ao longo de um período de 1 ano) apenas para os
diabéticos