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jejum antes da cirurgia, mas as glicemias devem ser controla-
das e tratadas se necessário, pelo anestesista/internista/endo-
crinologista
6
.
A pupila pode ser difícil de dilatar. Devem ser usados dila-
tadores ou outro modo de evitar o trauma da íris, durante a
cirurgia. A córnea também tolera mais mal o trauma e é mais
suscetível de edema.
A capsulorexis (CCC) deve ser grande e a LIO de grande ótica.
Isto evita a contração da cápsula anterior mais frequente nos
diabéticos e facilita a observação e tratamentos posteriores
no pós-operatório
7,8
.
Evitar as LIOs de Silicone. A técnica
deve ser rápida, rigorosamente executada com o mínimo de
trauma, com facofagia executada no plano da iris ou no saco
e um mínimo de ultrassons e irrigação. O polimento da CP
deve ser meticuloso, já que a opacificação da cápsula pos-
terior do cristalino (CPC) é mais frequente . Em casos maus
e se a facoemulsificação se torna difícil ou impossível será
preferível converter para extracapsular a traumatizar, romper
a cápsula e perder vítreo ou ter uma queda do núcleo.
O tratamento YAG da opacidade da CPC, com grande inci-
dência após os 18 meses, deve ser o mais possível evitado,
dado ao maior risco de edema macular nos diabéticos
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.
Todos os diabéticos devem ter uma vigilância atenta pelo
menos 6 meses após cirurgia de modo a tratar atempadamen-
te o agravamento da retinopatia ou a maculopatia.
Há na literatura muitos estudos a favor e contra o efeito da cirurgia
da catarata no agravamento de um RD pré-existente
14-18,19-22
.
Com as
modernas técnicas de facoemulsificação bem e rapidamente execu-
tadas, a cirurgia da catarata praticamente não agrava uma retinopatia
existente, sobretudo se for mínima. Se há um agravamento, ela pos-
sivelmente se deve à progressão normal da RD devido a fatores de
risco associados mal controlados, ou a cirurgia foi muito traumatizante.
Uma facoemulsificação demasiado demorada pode induzir uma gran-
de reação inflamatória, esta sim, uma das grandes causas de progres-
são de uma RD. O uso pré e pós-operatório de anti-inflamatórios, bem
como uma técnica cirurgia apurada, podem ser muito benéficos na
prevenção da evolução de um RD pré-existente. Assim, mais de 90%
de pacientes com diabetes e sem RD atingem acuidades visuais de
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ou melhores e não vêm a RD surgir, mas cerca de um terço dos
pacientes já com retinopatia, vão ter uma progressão da doença ocular.