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PERGUNTAS & RESPOSTAS
RETINOPATIA DIABÉTICA - Novo Paradigma de Cuidados
Já o ETDRS mostrou que não há uma diferença estatisticamen-
te significativa na proporção do olhos com EMCS antes e depois
da cirurgia do cristalino e mesmo o EMCS encontrado no pós-ope-
ratório, não era marcadamente diferente do encontrado antes da
cirurgia
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.
No entanto também há na literatura muitos trabalhos que
mostram o contrário. Mais uma vez se provou, com avaliações pos-
teriores, que o agravamento se deve à natural evolução da doença,
mais do que à cirurgia e os casos em que se encontrava um EMCS
grave no pós-operatório ele já existia antes , mas teria sido subava-
liado. O edema macular diabético é mais frequente nos pacientes
com retinopatia, mas resolve-se quase em 100% dentro de um ano
se a RD é mínima, mas em casos mais graves pode persistir, surgir de
novo ou agravar
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.
A inflamação é uma importante causa de maus resultados
visuais. Contribuem para o grau de inflamação o tempo de cirurgia,
o tamanho da incisão, o trauma da íris, a rotura da cápsula posterior
do cristalino e perda de vítreo. O risco aumentado de inflamação é
aparente em todos os diabéticos, independentemente da presença
ou não de retinopatia. O tratamento anti-inflamatório esteroide e não
esteroide deve ser intensivo e prolongado.
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