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de energia constante por um dado período de tempo, normalmente
entre 100 e 200 ms. A maior preocupação com estes lasers é a
lesão das estruturas adjacentes. É de todos conhecido o alargamen-
to, com o tempo, da lesão produzida pelo laser. O
laser Pascal
introduzido no mercado em 2005 permite reduzir os tempos de
exposição para 10 a 20ms ao mesmo tempo que aumenta a segu-
rança relativamente à lesão térmica adjacente ao impacto laser e,
como o faz em salvas repetitivas programadas pelo oftalmologista,
reduz o tempo de tratamento. É contudo mais exigente quanto à
curva de aprendizagem. O
laser micropulsado sub-treshold
esta
a ser testado em numerosos ensaios. Permite reduzir o dano pro-
duzido ao emitir disparos sequenciais com a duração de micro-
-
segundos. A duração destes disparos deve ser inferior ao tempo
necessário para que o tecido tratado previamente transfira o calor
para fora da zona irradiada. Produz portanto um aumento da tem-
peratura que não lesa as estruturas adjacentes. Os disparos de laser
são indetetáveis na observação fundoscópica e na angiografia fluo-
resceínica. A maioria destes lasers “sub-treshold” utilizava o díodo
no comprimento de onda 810nm mas a introdução das novas plata-
formas de lasers “solid-state” já permite a aplicação de tratamentos
laser micropulsado no espectro visível lasers de 577nm (amarelo)
e 532nm (verde). A não visualização pelo operador, das marcas do
tratamento que está a efetuar é uma das grandes limitações deste
tipo de lasers. Novas abordagens do laser micropulsado estão a ser
consideradas. Um exemplo é a aplicação de laser micropulsado
com comprimento de onda 532nm e uma duração do disparo de 3
nanosegundos. A energia libertada é menor que a do laser micro-
pulsado anterior e tem como objetivo estimular o epitélio pigmen-
tado mais do que destrui-lo. Um outro tipo de plataforma laser, já
a ser comercializada, integra a imagem real do fundo do olho e a
da angiografia fluoresceínica com o laser e permite um tratamen-
to automatizado das áreas marcadas previamente no computador
pelo médico
3
.
Um melhor controlo metabólico
A profilaxia da retinopatia diabética passa sempre por um
melhor controlo metabólico. Estudos recentes (FIELD e ACCORD)
apontam para uma mais valia com a introdução do
fenofibrato
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no