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Nefropatia diabética –
A presença de microalbuminúria aumen-
ta em 3,3 vezes a probabilidade de desenvolver RD
16
.
Anemia –
Algumas publicações sugerem que a anemia pode exa-
cerbar o quadro de RD
17
.
A correção da anemia com injeções subcu-
tâneas de eritropoetina foi associada a uma reabsorção de exsudados
duros e melhoria da acuidade visual
17,18
.
Tabagismo –
Os estudos não mostram relação entre tabagismo
e a RD
11,16,19
,
no entanto por ser um fator de risco cardiovascular os
doentes devem ser aconselhados a suspender este hábito.
Sexo –
A prevalência e a incidência de formas mais graves de RD
é maior nos homens do que nas mulheres
4,20,21
.
Gravidez –
No DCCT verificou-se que as mulheres grávidas apresen-
tam maior risco de desenvolvimento e de progressão da RD, sobretudo
durante o segundo trimestre
22
.
Por esta razão a vigilância oftalmológica
deve ser maior durante a gravidez. A velocidade de progressão da retino-
patia durante na gravidez é maior nos doentes com grau mais avançado
de retinopatia diabética no momento da conceção. Um mau controlo
da glicemia na altura da conceção e uma rápida implementação do
controlo inicial são fatores associados a alto risco de progressão
23
.
Drogas
Drogas do sistema renina-angiotensina: O efeito do Captopril
não foi superior ao de um beta bloqueante (Atenolol) no retardar da
progressão da RD no UKPDS
10
.
Uma meta-analise de 4 estudos clíni-
cos de inibidores do ACE (angiotensin-converting enzyme) sugere a
existência de um efeito benéfico na redução da progressão da RD
24
.
Atualmente está um estudo de fase II em curso comparando o efeito
do aliskiren versus amlopidina na hipertensão e no edema macular
diabético (Novartis protocol SPP100A2244).
Inibidores aldolase-redutase: A hiperglicemia pode conduzir à
formação de sorbitol mediada pela enzima aldolaseredutase. Os
aumentos intracelulares de sorbitol por um lado e a depleção de
NADPH (cofator da aldose redutase) por outro poderiam explicar
alguns dos efeitos adversos da hiperglicemia. Apesar deste racional,
os efeitos benéficos são diminutos na prática clínica quando se con-
trapõem os seus efeitos secundários
25
.