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fotografias do polo posterior, não só foi confirmada como o método
de referência, na conferência europeia para a deteção precoce da
retinopatia diabética na Europa em 2005, como foi aprovada, de
forma consensual a estratégia que adota a realização de 2 campos
de 45º (com ou sem midríase) centrada à mácula e nasal à papila
para a deteção precoce da doença. Na operacionalização de um
rastreio, onde a sensibilidade do mesmo é essencial, o Ortoptista,
em conjunto com o Oftalmologista que processa a leitura e classi-
ficação da retinografia não midriática, constituem elementos chave
em todo o processo. A execução das fotografias do pólo posterior
por profissionais de saúde não especialistas diminui a performance
deste exame em cerca de 50% quando comparada com os métodos
“
gold standard”
7
.
Diagnóstico
A caracterização da capacidade funcional pela quantificação da
acuidade visual na escala ETDRS (melhor AV corrigida) servirá de
“
baseline
”
para o seguimento
8
.
A avaliação oftalmológica e o estadiamento, a retinografia, a
angiografia fluoresceínica, o OCT e a ecografia, constituem a base
essencial quer para o tratamento quer para a monitorização perió-
dica entre episódios. Deve ser destacada a importância da enferma-
gem para a segurança da preparação e realização dos exames, bem
como do apoio dos Ortoptistas na sua realização.
Tratamento
A terapêutica médica, o laser e a cirurgia onde se incluem as
injeções intravítreas e a colocação de dispositivos de libertação lenta
via pars plana ou no espaço supracoroideu constituem um desafio à
organização dos serviços pelo consumo de recursos que exigem e a
necessidade de os disponibilizar em tempo útil.
Como componente da equipa multidisciplinar e como pilar basi-
lar da terapêutica, o
apoio do diabetologista/internista
é funda-
mental e o recurso ao nutricionista é importante para o reforço das
medidas sistémicas.
Como sabemos, o controlo metabólico da diabetes é essencial
para retardar a progressão da retinopatia diabética, assim como das