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PERGUNTAS & RESPOSTAS
RETINOPATIA DIABÉTICA - Novo Paradigma de Cuidados
compreensão dos mecanismos fisiopatológicos da doença, com-
preensão da ação do laser na retina humana. Exige também conheci-
mento do laser como fenómeno físico com propriedades terapêuticas
e com riscos inerentes e normas de segurança. Exige-se que o oftal-
mologista esteja familiarizado com a utilização dos últimos tratamen-
tos anti-VEGF’s e com corticoides ou outros fármacos que venham a
surgir no futuro e que a equipa disponha de resposta cirúrgica para a
RD avançada. Além disso, ainda é necessário ter experiência prática
de trabalho em equipa e meios técnicos, sem esquecer que, perante
o oftalmologista está um ser humano diminuído nas suas capacida-
des, por vezes de fracos recursos, habitualmente idoso e nem sempre
no auge das suas faculdades intelectuais.
Por isso, tratar doentes com RD exige um grande espírito de servi-
ço e um gosto especial por se ser médico! O Oftalmologista que trata
a Retinopatia Diabética tem necessidade de conhecimento alargado
do tema e a subespecialização em Retinopatia Diabética. Assim, o
trabalho numa instituição ou serviço dedicado ao tratamento da RD,
onde o convívio com os mais experientes e as múltiplas ocasiões
de aprendizagem enriquecem o conhecimento prático, revela-se de
extrema importância.
Contudo, de muito pouco servirão os cuidados do Oftalmologis-
ta e de uma equipa multidisciplinar treinada no tratamento da RD se
não existir
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:
-
Prevenção através da divulgação de informação elementar,
educação para a saúde e promoção do autocontrolo - empo-
deramento do doente.
-
Diagnóstico precoce e referenciação adequada.
-
O melhor controlo possível da doença e das suas complica-
ções.
-
Centros de tratamento especializados, com os recursos huma-
nos e materiais para o diagnóstico, tratamento, monitorização
e reabilitação. (
UEDTIRD – Unidades de Excelência no Diag-
nóstico e Tratamento Integrado da Retinopatia Diabética
)
Rastreio
A articulação com os cuidados de saúde primários (CSP) para
que todos os doentes diabéticos sejam rastreados e referenciados
segundo critérios de prioridade é fundamental. A realização de