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PERGUNTAS & RESPOSTAS
RETINOPATIA DIABÉTICA - Novo Paradigma de Cuidados
tratada. A perimetria de dupla frequência (FDT), baseada no contraste,
demonstra alterações significativas em doentes com retinopatia diabé-
tica
1
.
Os doentes que apresentam RD têm uma diminuição do desvio
médio (2,5dB), estando 73% destes doentes fora dos intervalos de con-
fiança (de 95%). A FDT apresenta uma sensibilidade diagnostica de
90,5%
e uma especificidade de 97,6% para a deteção de retinopatia
diabética. O contraste está, no entanto menos alterado em situações
de edema macular clinicamente significativo, situação em que o FDT
tem somente uma sensibilidade de 50% e uma especificidade de 90%.
Assim o contraste, determinado por FDT, parece ser importante para o
despiste de retinopatia diabética, mas não é indicador do grau de dis-
função macular
2,3
.
As alterações visuais relacionadas com o contraste
podem ser úteis para o rastreio de retinopatia diabética, na ausência
de oftalmologistas. Estas alterações, ao não inferirem da gravidade da
doença macular, não tem muito interesse no seguimento da RD. As
alterações de contraste são uma queixa frequente apresentada pelos
doentes, nomeadamente pelos mais diferenciados.
Diminuição da visão
Outra queixa frequente dos doentes com retinopatia diabéti-
ca é a diminuição da visão. Os doentes com retinopatia diabética
apresentam diminuição da sensibilidade visual. Esta é maior na fun-
ção bastonete do que na função cone, sendo mais evidente no 5º
paracentrais
4-6
.
Não está claro que esta alteração tenha a ver com
a duração ou gravidade da doença
5,7
.
Alguns estudos identificam-
-
na mesmo em doentes diabéticos sem retinopatia. Foram descritas
alterações da função fotópica, nomeadamente no seu componente
de curto comprimento de onda (azul)
6
.
Observou-se uma correlação
entre este defeito e o aumento da área foveolar avascular
8
.
Por seu
turno a fotocoagulação LASER altera também a adaptação ao escuro
e a visão cromática dos doentes diabéticos. Observam-se alterações
da adaptometia ao escuro em cerca de 77% dos doentes tratados,
enquanto 50% tem defeitos cromáticos adquiridos. Ambos os defei-
tos estão correlacionados positivamente entre si
9
.
De qualquer das
formas, e apesar dos defeitos encontrados nos doentes, os teste de
função cromáticas não são característicos o que os impede de serem
usados no rastreio da retinopatia diabética
10
.
Por fim a adaptação a condições de maior luminosidade pode
estar comprometida em doentes com retinopatia diabética. Os