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PERGUNTAS & RESPOSTAS
RETINOPATIA DIABÉTICA - Novo Paradigma de Cuidados
a sua relevância para o caso clínico em causa. Devemos também
ter sempre presente o conjunto de informações a dar ao paciente
que vai realizar uma AF, entre as quais, as de que a pele e a urina
apresentarão uma coloração alterada durante as horas seguintes ao
exame, que nesse período será de evitar a exposição solar (pois é
possível haver fotossensibilidade) e ainda que, num período de 24
a 48 horas, o autoteste de glicemia poderá dar um valor falsamente
aumentado.
Conclusão
Assim, em termos gerais, e como
conclusão
,
poderemos dizer
que a AF poderá ser útil na avaliação de um paciente com uma baixa
da acuidade visual sem causa aparente, como guia da terapêutica
Laser em determinados caso de EMCS, e quando se torna indicado
procurar áreas localizadas de não perfusão capilar ou de neovascu-
larização. A AF mantém-se também como um meio útil na investiga-
ção clínica e no estudo da resposta a novas terapêuticas. Por outro
lado, não é necessário o recurso a este exame para o diagnóstico das
diferentes fases evolutivas da RD, nomeadamente do edema macular
ou de uma retinopatia diabética proliferativa.
Como nota final, consideramos que a experiência adquirida nos
últimos anos com a AF, e a utilização mais recente de novos exames
como o OCT, torna aconselhável mantermos a possibilidade de um
reposicionamento constante das verdadeiras indicações da AF nas
diversas fases evolutivas da RD.
Várias das indicações da AF estão a ser substituídas pelo uso de
OCT (ver questão nº 12).
Bibliografia
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