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PERGUNTAS & RESPOSTAS
RETINOPATIA DIABÉTICA - Novo Paradigma de Cuidados
Vários estudos têm sido realizados para tentar correlacionar os
padrões habituais de difusão angiográfica com as alterações morfo-
lógicos detectadas no OCT.
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A angiografia fluoresceínica revela padrões de difusão de coran-
te mais ou menos típicos após a injecção de fluoresceína sódica,
devido as alterações conhecidas da barreira hematoretiniana interna.
São eles: padrão petalóide( na área foveal ), padrão em favo de mel (
na área parafoveal) e padrão difuso. Estes padrões de difusão angio-
gráfica não fornecem qualquer informação quanto a localização do
líquido extravasado em relação as várias camadas da retina.
OOCT, sobretudo com os aparelhos Spectral Domain de ultima gera-
ção, permite uma avaliação precisa das alterações morfológicas, não só
transversalmente mas também em relação as várias camadas da retina.
Esta correlação da informação morfológica e fisiopatológica, for-
necida pela Tomografia de Coerência Óptica e Angiografia Fluores-
ceínica, respectivamente, permite uma compreensão mais detalhada
da microangiopatia diabética.
Os estudos histológicos de doentes com edema macular diabéti-
co revelam que a acumulação intraretiniana de fluido, seja ela difusa
ou cistóide, ocorre primariamente na camada plexiforme externa, e
posteriormente na camada nuclear interna. Em estádios mais termi-
nais todas as camadas da retina poderão ser afectadas.
A correlação entre AF e OCT revela dados muito consistentes nos
padrões petalóide e em favo de mel.
O padrão petalóide correlaciona-se com grandes quistos na
camada plexiforme externa e nuclear externa em 69,6% dos casos.
Em 30,4% associa-se a presença de liquido subretiniano ( que não é
identificado em AF ).
O padrão em favo de mel associa-se com edema difuso e quistos
nas camadas nuclear externa, plexiforme externa, nuclear interna e
plexiforme interna em 71,4%.
Em contraste com estes dois padrões o padrão difuso não apre-
senta correlação com qualquer alteração específica no OCT e apre-
senta uma diversidade de morfologias possíveis.
De acrescentar que as dimensões dos quistos também devem ser
referidas.
Os quistos de grandes dimensões encontram-se em posição cen-
tral e correlacionam-se sempre com o padrão petalóide.
Os quistos de pequenas dimensões são parafoveais e consistente-
mente relacionados com os padrões em favo de mel e difuso.