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PERGUNTAS & RESPOSTAS
RETINOPATIA DIABÉTICA - Novo Paradigma de Cuidados
consoante o fim a que se destina a fotografia. Uma vez que a maioria
das lesões de retinopatia diabética se localizam na mácula e à volta
do disco ótico, uma composição fotográfica standard utilizando um
campo de 30º permite numa única imagem observar o disco ótico, a
mácula e as arcadas vasculares.
Os 7 campos de 30º descritos na Classificação de Arlie House
foram usados no protocolo do Diabetic Retinopathy Study (DRS).
Este foi ligeiramente modificado pelo Early Treatment Diabetic Reti-
nopathy Study (ETDRS) para o protocolo de 7 campos modificado
que se tornou o standard para a fotografia do fundo ocular na reti-
nopatia diabética (fig. 1). Este método permite obter imagens de
alta qualidade e uma informação detalhada de praticamente toda a
retina. Deve ser efetuado sob midríase mas por ser moroso e poder
causar um certo desconforto ao doente por lhe embaciar a visão
devido à instilação dos colírios midriáticos, é inadequado para exa-
mes de rastreio.
De uma forma ideal o rastreio da retinopatia diabética deveria
ser feito por um oftalmologista através de um exame fundoscópico
sob dilatação. No entanto rastreios alargados a grandes populações
de doentes diabéticos têm sido levados a cabo em diversos países
utilizando fotografias do fundo ocular não midriáticas. Este tipo de
rastreio permite identificar os doentes com lesões iniciais de reti-
nopatia diabética e direcioná-los precocemente para os cuidados
oftalmológicos adequados. Os métodos de rastreio de retinopatia
diabética variam com o tipo de câmara, o campo obtido e o tipo
de imagens captadas. Alguns programas de rastreio usam câmaras
com um campo de 45º obtendo-se uma única imagem de cada olho.
Outros utilizam câmaras não midriáticas que permitem obtenção
rápida de imagens mas de mais fraca qualidade.
ANGIOGRAFIA FLUORESCEÍNICA
A angiografia fluoresceínica é um dos exames complementares
de diagnóstico mais frequentemente utilizado no estudo dos doen-
tes com retinopatia diabética. A qualidade deste exame depende da
técnica, dos filtros e do filme utilizados, da transparência dos meios
e da colaboração do doente. A informação obtida com este exame
não é quantitativa e depende de todas estas variáveis. Este exame foi
abordado com pormenor na questão número 11, desta monografia.