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PERGUNTAS & RESPOSTAS
RETINOPATIA DIABÉTICA - Novo Paradigma de Cuidados
seria altamente vantajoso para um diagnóstico precoce, para expli-
car a história natural e para prever o seu efeito na acuidade visual.
Por essa razão foi desenvolvido um método de mapeamento
do derrame retiniano, o Retinal Leakage Analyzer (RLA). Com este
método é possível obter medidas localizadas do derrame de fluores-
ceína para o vítreo nas proximidades da interface vitreorretiniana,
como ainda obter em simultâneo, imagens da retina com elevada
resolução. O RLA permite assim a obtenção de um mapa dos locais
em que ocorrem alterações da BHR e correlacionar esses locais com
a imagem de angiografia fluoresceínica.
O RLA, permitindo uma análise quantitativa do derrame de fluo-
resceína e simultaneamente a obtenção de uma imagem retiniana,
dá-nos a oportunidade de conhecer o papel da interrupção da BHR
no desenvolvimento e progressão da patologia retiniana.
MEDIDAS DA ESPESSURA DA RETINA
O edema macular é uma alteração muito frequente nos indi-
víduos diabéticos tipo 2 sendo o principal responsável por perda
da acuidade visual nestes doentes. A definição de edema macular
clinicamente significativo foi determinada pelo ETDRS mas o diag-
nóstico clínico baseado na observação biomicroscópica ou nas foto-
grafias fundoscópicas estereoscópicas permite apenas uma avaliação
Fig. 2
Retinal Leakage Analyzer: retinopatia diabética
moderada. Esquerda - angiografia fluoresceínica obtida
com um scanning laser ophthalmoscope. Centro – mapa
de RLA aos 30 minutos. Direita – mapa de RLA aos 60
minutos. Note-se a difusão progressiva de fluoresceína
ao longo do tempo. Os locais de maior derrame (ou
seja onde há alterações da BHR) são identificados pelo
código de cores identificado na barra do lado direito da
imagem.