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PERGUNTAS & RESPOSTAS
RETINOPATIA DIABÉTICA - Novo Paradigma de Cuidados
as isoformas do VEGF-A; com 148kDa de peso molecular.
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Ape-
sar de não estar formalmente aprovado para utilização intraocular,
o bevacizumab é amplamente empregue com esta indicação desde
longa data.
O
ranibizumab
(
Lucentis; Genentech USA, Inc., CA, USA/Novar-
tis ophthalmics, Basel, Switzerland) é um fragmento de anticorpo
recombinante ativo contra todas as isoformas do VEGF-A. Tratan-
do-se de uma molécula pequena, de 48 kDa, tem uma semi-vida
plasmática de apenas 2-3 horas, que se assume menor do que a da
molécula maior do bevacizumab.
7
Estudos de fase II/III demonstraram a segurança e eficácia da
administração intravítrea de ranibizumab no tratamento do EMD.
8,9
De um modo geral, 45-61% dos doentes obtiveram um ganho sig-
nificativo de visão, com um tempo de follow-up entre os 12-24
meses; resultados estes que serviram de base para aprovação do
ranibizumab para o EMD na União Europeia (2011) e nos EUA
(
agosto 2012).
10,11
Dois outros ensaios, ambos de fase III, mostra-
ram superioridade do tratamento com ranibizumab em monotera-
pia, ou em combinação com laser, em comparação com o laser
isolado.
12,13
Existe igualmente evidência de nível I a favor da eficácia do
pegaptinib no tratamento do EMD.
14,15
O ensaio clínico mais significativo, até à data, sobre o papel do
bevacizumab no EMD mostrou um ganho de visão no grupo que
realizou terapêutica combinada com bevacizumab e laser, enquanto
que no grupo do laser se verificou uma perda de visão.
7
Mais recentemente, foi desenvolvido o
VEGF Trap-Eye (afliber-
cept)
,
proteína de fusão composta por domínios dos recetores VEGF
1
e 2, unidos a um fragmento Fc de IgG humana. Atua como um
recetor solúvel e capta todas as isoformas de VEGF extracelular. Em
agosto de 2012 foram publicados os resultados de 1 ano de follow-
-
up sobre o aflibercept para o EMD, reportando ganhos de visão e
taxas de redução do edema macular semelhantes às de ensaios pré-
vios.
16
No que diz respeito ao tratamento da RDP, testou-se a eficácia
de uma administração única de bevacizumab em combinação com
a PRP.
17,18
Num estudo, com tempo de seguimento mais longo, a taxa
de regressão de neovasos foi significativamente maior no grupo do
tratamento combinado às 16 semanas (87,5% vs. 25%); contudo, às
36
semanas esta diferença tinha-se anulado.
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