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PERGUNTAS & RESPOSTAS
RETINOPATIA DIABÉTICA - Novo Paradigma de Cuidados
e colaboradores. Neste estudo o bevacizumab usado isoladamente
mostrou vantagem relativamente à sua associação com triamcinolo-
na e também ao laser em monoterapia. Assim, a triamcinolona não
trouxe vantagem quando associada ao bevacizumab, pelo contrá-
rio mostrou resultados mais desfavoráveis relativamente à acuidade
visual. É possível que esta desvantagem se deva ao seu efeito cata-
ratogénico.
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De igual modo, de acordo com o DRCR.net, em termos globais,
a associação
triamcinolona-laser
não revelou superioridade face
à monoterapia com laser, no entanto,
essa superioridade torna-se
evidente quando se consideraram apenas os olhos pseudofáqui-
cos
,
embora com diversos casos de HTIO.
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Da análise deste subgru-
po de doentes ressalta
que a perda global de linhas de AV com a
associação de laser e triamcinolona se deve à catarata e que após
a sua remoção há ganho de AV
.
A
terapêutica tripla com triamcinolona subtenoniana (70mg)
associada a laserterapia e bevacizumab intravítreo
,
revelou interes-
se em trabalhos recentemente publicados, sobretudo em olhos com
maior compromisso visual (acuidades inferiores a 0.2). Este procedi-
mento associou-se no entanto a alguns efeitos colaterais, tais como
ptose palpebral, hipertensão ocular e catarata, sugerindo que deve
ser reservado para casos com maior compromisso funcional, olhos
pseudofáquicos sem hipertensão ocular e preferencialmente após
testar o comportamento tensional com corticóide tópico.
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Finalmente ainda numa lógica de associação de terapêuticas
e procedimentos, num sentido mais lato, o recurso à
vitrectomia
parece ser consensual como coadjuvante no tratamento do EMD,
quando está presente um componente tracional. No entanto esta
indicação precisa ainda de melhor esclarecimento futuro. A propósi-
to desta questão, o ensaio clínico referente ao protocolo D do DRCR.
net mostrou que, os olhos vitrectomizados registam frequentemente
redução da espessura foveal central no OCT, no entanto essa melho-
ria anatómica nem sempre é consistente com a melhoria da acuida-
de visual.
24,25
Na prática clínica parece ser consensual
o uso de laser em
monoterapia nos casos de edema focal
com
inicio recente (mesmo
na presença de boa acuidade visual) e em que é possível identificar
e tratar os microaneurismas responsáveis pela difusão.
26
Em ede-
mas difusos, associados a visões intermédias (da ordem dos 0,4),
que geralmente cursam com espessamento foveal central, a opção