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PERGUNTAS & RESPOSTAS
RETINOPATIA DIABÉTICA - Novo Paradigma de Cuidados
técnicas mais utilizadas para medir o custo da utilidade é a do “the
time tradeoff”. O doente calcula a proporção entre os anos de vida
que lhe restam e a percentagem deles que dispensava para ter uma
visão perfeitamente normal. A utilidade ou beneficio é o produto do
ganho da intervenção pelo número de anos em que esse beneficio se
mantém. É medido em termos de qualidade de vida ajustada à idade
“
quality-adjusted life years” QALYs. Por exemplo em média doentes
cegos de um olho e com < 0,5 de acuidade no melhor olho, dão
quase metade dos anos de vida que lhes restavam para passar a ver
10/10
dos 2 olhos. O valor da utilidade seria 43% (97%-54%) X por
exemplo 20 anos que daria uma utilidade de (43% X 20) 8,6 QALYs,
como descrito no quadro seguinte:
A OMS em 2002 utiliza o “disability-adjusted life-year (DALY)”
similar ao QALY e recomenda a intervenção se o custo for inferior a
3
X o PIB / per capita- WHO 2002. Para Portugal, segundo o PorData
2010
o PIB/capita em 2010 era de € 16.220,08 Assim os custos de
uma intervenção seriam eficientes se inferiores a € 48.660/QALY.
A eficácia do rastreio
A RD é uma doença com os critérios para ser considerada a
hipótese de um rastreio: é um problema importante de saúde, na
maioria das vezes assintomática, tem terapêutica eficaz, um longo
período de latência, utiliza metodologia não invasiva, é específico e
sensível. Portugal terá já cerca de 1 milhão de diabéticos que deve-
riam ser consultados anualmente de acordo com os critérios da ADA
Acuidade no olho com melhor visão Qualidade de vida
10/10
no melhor >/= 8/10 no outro
0,97*
8/10
0,87
6,7/10
0,84
4/10
0,77
0,5/10
0,54
Valor de qualidade de vida em doentes com doenças oculares
Brown 1999
15
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