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PERGUNTAS & RESPOSTAS
RETINOPATIA DIABÉTICA - Novo Paradigma de Cuidados
estádio muito avançado da doença
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Neste caso os procedimen-
tos serão inevitavelmente mais complexos, demorados, com várias
visitas para exames e tratamentos: injecções de anti-VEGFs, corti-
cóides, laser e vitrectomia (uma das cirurgias mais complexas em
Fig. 1
Fotografias de ME (Microcospia Electrónica), da retina
com DME. Na imagem mais pequena observam-se os
quistos ocupando espaço entre as fibras Müller com as
fibras nervosas comprimidas contra as fibras de Müller.
Na figura maior, o estiramento das colunas das células
de Müller rompe as colunas, rompendo não só as células
de Müller mas também as fibras nervosas impedindo a
transmissão eléctrica a partir dos foto-receptores. Nas fases
mais avançadas e/ou crónicas da doença, particularmente
se houver associado placas lipídicas, a alteração profunda
da micro estrutura retiniana condiciona a função. O
doente apresenta à entrada baixa AV e a sua possibilidade
de recuperação da função mesmo que reabsorva o edema
retiniano, é quase nula, pois já existe alteração estrutural
irreversível. Assim fica bem visível a importância da
actuação precoce.
Imagens extraídas de:
AMP Hamilton, MW Ulbig,
P Polkinghorne Management of Diabetic Retinopathy, BMJ
Publishing Group, 1º ed London 1996 p.117-8.