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oftalmologia). Os resultados poderão ser pobres, dada a evolução
muito avançada da doença. Mais grave ainda se torna a situação
funcional porque, normalmente, a manifestação da RD é nos dois
olhos!
Estamos a falar de custos elevados e resultados pobres quanto à
função visual!
Todo o esforço deverá ser realizado no sentido de uma
actuação
precoce
2
,
quando os sinais são mínimos e facilmente reversíveis, com
preservação da função visual. É de todos conhecido que
a RD é sensível
ao tempo de espera
.
Uma semana pode fazer toda a diferença. Então
não é aceitável falar de listas de espera quando estamos perante a RD
.
A Gestão da RD no contexto geral da Diabetes
A valorização dos problemas oftalmológicos no contexto da ges-
tão integrada da Diabetes é uma exigência. Desta forma é funda-
mental encarar a RD como um determinante chave no sucesso da
intervenção na Diabetes.
A gestão da doença baseada na clínica
Numa abordagem de gestão da doença baseada na clínica, a RD
é uma síndrome com vários graus de gravidade da doença.
Como vimos anteriormente, as várias expressões de gravidade
da síndrome de RD
deverão ser segmentadas
e cada segmento da
doença (cada estádio da doença) deverá ser objecto de intervenção
adequada: avaliar a prevalência de cada estádio, definir níveis de
intervenção, valorizar adequadamente cada nível de intervenção e
alocar recursos humanos e financeiros para o efeito.
Estratégias a desenvolver para maximizar resultados
com a melhor eficiência mantendo a EXCELÊNCIA e a
sustentabilidade de financiadores e prestadores
A deteção precoce da RD deve ser feita através do seu rastreio
nos novos diabéticos ou para caracterizar as alterações retinianas
dos diabéticos nunca observados em oftalmologia. A monitorização